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sexta-feira, 1 de março de 2013

A descoberta da radioatividade.

      O final do século XIX e o início do XX foram muito produtivos no que se diz respeito às descobertas que envolvem a estrutura atômica. Sabemos que no início do século XIX surgiu o modelo de Dalton - o átomo imaginado como uma bolinha maciça e indivisível. Já no início do século XX, após a descoberta das partículas subatômicas - elétron, próton e nêutron -, consagrou-se o modelo atômico de Rutherford-Bohr.
No ano de 1896, o francês Henri Becquerel constatou que um composto de Urânio - Sulfato de Potássio e Uranilo, K²UO²(SO4)² - apresentava a interessante característica de causar uma mancha preta numa chapa fotográfica mesmo no escuro e a chapa embrulhada no papel escuro.
A interpretação de Becquerel era de que o composto emitia algum tipo de raio capaz de atravessar o papel e atuar sobre a chapa. Essa propriedade era semelhante à dos raios X descobertos um ano antes pelo alemão Wilhelm Conrad Röntgen.
Ainda no mesmo ano, Becquerel percebeu que os raios de urânio ionizavam gases, isto é, provocavam neles o aparecimento de íons, tornando-se condutores de corrente elétrica. Anos mais tarde, o alemão Hans Geiger utilizaria essa propriedade para criar o contador Geiger (detector de radioatividade).
No final de 1897, a polonesa Marie Sklodowska Curie passou a se interessar pelo fenômeno descoberto por Becquerel. Em abril de 1898, ela já havia percebido que, além do urânio, outro elemento conhecido, o tório, também emitia os misteriosos raios. Começou, então, a suspeitar da existência de elementos radioativos desconhecidos. Em julho do mesmo ano, com a ajuda do marido, o físico francês Pierre Curie descobriu um novo elemento que chamou de polônio. Alguns meses depois, ambos descobriram um elemento ainda mais radioativo, ao qual deram o nome de rádio.
Ainda no ano de 1898, Ernest Rutherford utilizou uma tela fluorescente para detectar as radiações provenientes de um material radioativo. Com auxílio de placas metálicas eletricamente carregadas descobriu que havia dois tipos de radiação, que chamou de alfa (α) e beta (β). A radiação alfa, segundo ele, deveria ser formada por partículas de carga positiva, uma vez que seu feixe é atraído pela placa negativa. Já a radiação beta deveria ser formada por partículas negativas, pois seu feixe é atraído pela placa positiva.
Em 1900, Paul Villard, na França, descobriu outra forma de radioatividade que não apresente carga elétrica, chamada radiação gama (γ).
                      Postado por Alexandre Luiz Baioto Forte. 

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